domingo, 17 de junho de 2012

As perguntas da vida


Quem é Deus? Por que os bons morrem?

Qual a medida de egoísmo que existe em acharmos que o mundo acabou quando perdemos alguém que amamos? Em que medida esta impressão não é de fato absolutamente legítima, posto que o mundo nada mais é do que cada um de nós concebe como sendo o mundo?

Como se educa um filho? Qual o papel da disciplina na educação? O que é um pai? O que é uma mãe? O que é zelar pela harmonia, o que é submeter-se?

O que são os irmãos? Que relação é essa que mistura com tanta intensidade amor, inveja, competição, cumplicidade, carinho, ternura, compaixão, solidariedade, fidelidade, raiva?

Por que devemos ser bons? O que é ser bom? O que é ser mau? O que separa uma coisa da outra?

Do que somos feitos? O que somos, além de matéria e energia? De onde viemos? Para onde vamos?

Quem é você?

Um filme que perdi na época que saiu no cinema - e ainda bem. Não sei se poderia ter digerido um terço do que digeri se não estivesse sozinha, no escuro, no silêncio confortável da minha casa.

Um filme quase sem enredo, sem explicações desnecessárias, sem diálogos, sem ação. Um filme de perguntas - e mais que isso: sem respostas.

Tocante, difícil, profundo, adulto. Um filme feito como se faz literatura, não como diversão mas como arte.

Um comentário:

déborah nogueira disse...

um filme difícil demais pra se ver no cinema e muito complicado de se ver acompanhado. vai ver que é por isso que eu detestei :(